Filmes da Semana: Quando a morte conta uma história...


A Revista 21 foi convidada pela Editora Intrínseca para assistir "A Menina que roubava livros", filme homônimo da famosa obra de Markus Zusak. Fui ao cinema juntamente com outra editora-chefe da revista, Amanda, já ciente que ia chorar horrores, porque uma história que é contada pela morte durante a segunda guerra mundial nem de longe poderia ser algo positivo. A sessão, especial, foi realizada no dia 14, às 21h30 (o que significa que terminou quase meia-noite, o que por sua vez significa que tive trabalho para voltar para casa #pobrequemoralonge). 

No filme (e livro), a morte (sim, ela mesma, uma grande soltadora de spoilers, se você quer saber) conta as desventuras de uma humana cuja história a tocou e nunca mais esqueceu: Liesel Meminger. Filha de comunistas, Liesel está viajando com a mãe e o irmão pequeno quando se encontra pela primeira vez com a morte. De pé, ao lado da pequena cova fria, Liesel rouba seu primeiro livro "O Manual do Coveiro". Sua mãe a entrega para o casal Hubermann, que moram - ah, as ironias - na rua Himmel (que do alemão significa algo como céu ou paraíso). Com a ajuda do amigo Rudy e com um segredo no porão, a jovem tem que se acostumar aos seus novos pais e sua nova vida, enquanto viaja pelo mundo da leitura (e dos roubos de livros, rs) e descobre o que significa ser judeu e comunista na Alemanha nazista de 1939. 

Algumas considerações:
- Visualizava a morte, enquanto lia o livro, com voz de mulher. Então, tive um sobressalto quando o narrador masculino começou a falar no início do filme;
- O filme, como o livro, é bem parado, não tem muitas cenas 'empolgantes' ou agitadas. Enquanto assistia, não deixei de pensar que muitos vão rejeitar a adaptação justamente por não terem costume de assistir filmes nesses estilo. É triste, mas creio que vou ver muita gente falando que o filme é chato;
- Apesar do tema triste, uma boa dose de humor esteve presente na trama, o que deu uma boa aliviada sem ficar forçado. Destaque para a atuação de  Geoffrey Rush, que ficou perfeito como o pai adotivo de Liesel (Hans Hubermann). Também gostei da atriz que interpretou a mãe adotiva, Emily Watson (Rosa Hubermann);
- Achei interessante o contraste da neve com o carmim das bandeiras nazistas;
- A atriz que interpretou Liesel estava muito ~limpa~. O apelido dela não era porquinha sem razão, gente. Além disso, logo no início, quando a mãe adotiva a vê pela primeira vez e diz que a menina tá imunda, fiquei me perguntando "Imunda aonde, gente?";
- Terminei o filme chorando como um bebê.

Share this:

,

COMENTÁRIOS

0 comentários:

Postar um comentário

Libere-se, expresse-se, derrame-se em elogios ou críticas. Este espaço é seu.