Retrospectiva Literária: Janeiro 2014

Em janeiro li uma boa quantidade de cultura inútil (maneira como minha mãe chama os romances de banca), e alguns livros bons. Foram 27 livros lidos. E pra quem não acredita ser possível, o número alto é resultado de madrugadas insones, livros pequenos e velocidade na leitura. Sempre li rápido. Às vezes, quando via alguém lendo no ônibus, começava a ler por cima do ombro da pessoa e ficava impaciente com a demora da criatura em virar a página.

Planejava escrever uma resenha por livro no Skoob, como uma maneira de manter o Skoob atualizado e registrar minhas percepções sobre cada leitura. Infelizmente, deu preguiça de escrever resenha por resenha, além do que, pulava muito rápido de uma leitura para outra. Mas ainda planejo terminar de escrever as resenhas, mesmo que demore um pouco. Fiz várias releituras, especialmente de romances históricos. Gosto mesmo, sem vergonha de admitir, e antes que me joguem pedras - já que escrevi dois posts imensos sobre porque não ler romances de banca (esse e esse)-, gosto muito dos históricos porque o machismo, por incrível que pareça, é menor nesses livros. O machismo da sociedade já é tão grande, que as autoras vão contra isso, com mocinhas corajosas, malucas, que não dão à mínima pras convenções sociais e riem na cara de quem disser que não podem fazer algo porque são mulheres. 

Também li uma quantidade grande de cultura inútil, por costume, creio. Perco muito tempo lendo bobagens, preciso melhorar isso - especialmente porque não vou ter muito tempo pra ler nos próximos meses. 

Segue a Listinha de janeiro (tbm disponível aqui):

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Melhor Leitura: não li nada que fizesse o título sair em disparado aqui. Nenhum livro fez, de fato, meu coração pulsar mais rápido. O prêmio vai, porém, para O Trono de Vidro (tô devendo post-resenha aqui no blog). A protagonista, que é uma assassina, definitivamente me conquistou. gostei da trama, dos personagens, do par romântico dela - que só fica claro no volume seguinte -, embora eu já soubesse de cara (tenho faro para essas coisas). O livro tem ação, tem magia, tem mistério e é muito bem escrito, além de me fazer correr para baixar o próximo volume - que só achei em inglês e li assim mesmo. Louca pelo terceiro.

Boa Surpresa: esse vai para Reencontros, da Linda Howard. A autora escreve muitos romances cultura inútil - alguns dos quais gosto muito, vou admitir - mas Reencontros me surpreendeu por não ter o romance como foco principal, ser muito bem escrito e ter uma trama impecável. Me marcou tanto, que nem consegui escrever uma resenha decente ainda. Fiquei surpresa como Linda saiu da trama pobre de Nevasca para um livro dessa magnitude (bom, espero que ela tenha saído, fiquei com preguiça de ver que livro foi lançado primeiro). Chorei que nem um bebê no fim do livro, e por isso o prêmio de Chorei Litros fica com ele também. 

Boas Risadas: se for pra incluir releituras, esse vai para Garoto encontra Garota, da Meg Cabot. Mas, pra ser justa, excluindo as releituras, o prêmio vai para Meu coração de pedra-pomes, Juliana Frank. Morri de rir lendo o livro, Lawanda é muito divertida. Vi uma resenha desse livro no site da 21 (sim, leio as demais matérias do meu próprio site, como qualquer outro leitor) e fiquei doida para lê-lo, desde então. Demorou um pouquinho, mas o ganhei de amigo-secreto no final do ano, e foi um baita presente. Não me decepcionei nem um pouquinho com a obra, que conseguiu ser ainda mais doida do que eu imaginava.

Pior Leitura: se não consegui facilmente indicar um para Melhor Leitura, o de Pior Leitura vai, disparado, para Broken Hart, Ella Fox (resenha do Skoob) É incrível como continuo caindo na escolha de livros ruins (devia ter imaginado pela capa, mas sou bem tola às vezes). Esse segue a onda de Cinquenta Tons de Cinza, com um protagonista com trauma de infância e clichês escorrendo das páginas. Capítulos e mais capítulos repletos de sexo explícito dividem lugar com uma trama fraca, mal escrita e personagens mal desenvolvidos. Não me contive na resenha do Skoob, que está bem ácida. Só tinha escrito outra resenha igualmente negativa, com Quando uma Garota Entra em um Bar. Dei uma estrela no Skoob porque não podia dar zero. 

Melhor Releitura: Meg Cabot vai em disparado aqui com A Terra das Sombras, primeiro volume de A Mediadora. Tenho apenas muito amor por essa série. Também entra aqui Garoto Encontra Garota (ainda preciso comprar meu exemplar, é muito amor pra estar salvo só no computador). Surpreendentemente, acrescento também um romance histórico, A Noiva Acidental, Jane Feather. Adoro esse livro por causa da protagonista. Phoebe é gordinha e desastrada. Extremamente franca, cheia de ideais e muito inteligente, é uma mocinha bastante incomum. Ela é muito divertida. Algumas das perguntas que faz conseguem que mesmo seu sério marido caia na risada.