Ar Fresco no mundo dos Detetives



Eu simplesmente amo Miss Fisher's Murder Mysteries. Descobri por acaso, navegando sem muito interesse por um site de download de episódios de seriados. Não sei o que me atraiu para ele, só lembro que baixei o primeiro episódio para ver e... fiquei apaixonada. O seriado australiano conta com duas temporadas de 13 episódios cada (espero fervorosamente que tenha uma terceira), e é baseada na série de livros de Kerry Greenwood.


A série se passa nos anos 20, pós primeira guerra mundial. A protagonista, Phryne, é uma mulher fora de seu tempo. Ousada, irreverente, independente e muito, muito inteligente, Prhyne Fisher (Essie Davis) não dá a mínima para as regras da sociedade. Numa década onde as mulheres são submissas e não têm alternativa senão casar, Prhyne coleciona romances, anda armada, dirige carros e aviões, sabe falar diversos idiomas e resolve crimes como forma de diversão. O que não agrada o sério inspetor de polícia John Robinson (Nathan Page), mais conhecido como Jack, que tem que lidar com Prhyne metendo o nariz onde não é chamada e atrapalhando/ajudando suas investigações.



A cada episódio um crime é solucionado, numa trama inteligente e bem humorada. As atuações são consistentes e Essie Davis realiza um trabalho impecável na pele da ousada detetive amadora. A tensão sexual entre os personagens de Jack e Phryne torna a série ainda mais divertida de assistir. Entre os numerosos casos de Phryne, os dois trocam algumas farpas e flertam, descaradamente. Ela adora provocar o sério inspetor de polícia, que, com o passar dos episódios, começa a responder às provocações. É como um jogo que ambos gostam de jogar, os dois se provocando, esticando até o limite as bordas do seu relacionamento, mas sem efetivamente chegar lá. Pode ser um pouco frustrante, mas não deixa de ser muito, muito divertido de assistir.




Não estou muito preocupada que o romance deles não aconteça na série original de livros. Não os li e, de maneira geral, não sou muito "purista" - aqueles com a ideia de que se é assim nos livros/hqs, não pode ser de outra maneira nas possíveis adaptações. E adoro demais o casal. Quase tive um faniquito quando spoiler - ele a beijou para desviar sua atenção de um criminoso. 

Sério, como não amar?

O romance secundário entre a católica Dot (Ashleigh Cummings), uma espécie de dama de companhia e assistente de Phryne e o protestante Hugh (Hugo Johnstone-Burt), braço direto um tanto atrapalhado de Jack também é bastante gostoso de acompanhar. Acho os dois uma fofura!

Outros personagens interessantes da série são a tia  de Phryne Prudence (Miriam Margoyles), uma mulher conservadora que tenta controlar a vida de sua sobrinha, sem sucesso, e a dupla de comunistas que ajuda a detetive a resolver os assassinatos com que vive se deparando. Além dos assassinatos, o mistério em torno da irmã de Phryne volta e meia aprece na trama.


O figurino, em especial as peças usadas por Phryne, é outro destaque da série. Caprichado, traz peças lindíssimas e impecáveis. São vestidos, chapéus, jóias, sapatos e uma infinidade de incríveis acessórios. Como Phryne é mais moderninha, muitas das roupas da personagem poderiam, com algumas adaptações, serem tranquilamente utilizadas nos dias atuais. Usaria fácil muitas das roupas dela (risos).


Enfim, é uma série que realmente vale a pena assistir. Não apenas por fugir ao padrão e trazer uma personagem feminina em um papel tradicionalmente masculino, mas porque a trama inteligente e divertida torna difícil não se apaixonar pelo seriado. Uma boa pedida para fãs de Sherlock, Poirot e Miss Marple.

ps: (SPOILER) não podia encerrar esse post sem mais alguns gifs adoráveis de Phryne e Jack (shippo muito):


 

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CONVERSATION

2 comentários:

  1. Eu amooooo, de coração. Me apaixonei desde que vi o primeiro episódio no canal da GNT... Não sabia que tu tbm gostava, Mayara!!! Ainda não assisti todos os episódios por falta de tempo =/

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    1. Eu adoro! Anunciaram que vai ter a 3ª temporada, estou morrendo de alegria! ;)

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