#DLdoTigre: Eleanor & Park

foto: chata de galocha
Só queria partir essa música em pedaços - ela falou - e amar todos até a morte.

Setembro foi um mês bem conturbado para mim, por isso, embora quisesse publicar o post do desafio no prazo estipulado, não foi possível. Achei o tema de setembro difícil: Música. O livro que escolhi não é propriamente sobre música, mas, pelas resenhas que tinha lido por aí, sabia que esta era importante no desenrolar do romance dos personagens: Eleanor & Park, da Rainbow Rowell. 

O livro tem essa capa super fofa, uma trama mais fofa ainda, e dezenas de fanarts fofíssimas que fazem derreter seu coração. Conta a estória do romance de Eleanor, uma garota gordinha, com indisciplinados cabelos ruivos, tímida e com uma conturbada relação familiar; e de Park, meio-americano, meio-coreano, nerd, apaixonado por música e hqs, filho mais velho de uma família perfeita. 

Os dois estudam na mesma escola e pegam o mesmo ônibus escolar, todos os dias. No começo, Park acha Eleanor esquisita e tem vergonha de ser visto com ela, mas não demora a se render à astúcia e engenho da personalidade deliciosa da jovem, encontrando beleza onde antes só via estranhice.

"Eleanor tinha razão. Não tinha boa aparência. Era como uma obra de arte, e arte não se deve ter boa aparência, mas sim fazer a gente sentir alguma coisa.” 

O amor entre eles se desenvolve devagar, de maneira tímida, mas que vai se tornando cada vez maior com o passar dos dias. Acompanhamos a primeira vez que dão as mãos, o primeiro beijo, as dúvidas, a insegurança, a saudade do fim de semana sem o outro, o primeiro amasso, a primeira briga, o primeiro adeus... E ao observar as primeiras vezes deles, você inevitavelmente relembra as suas... Uma nostalgia super gostosa! 

Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma borboleta. Ou um coração a bater. Como segurar algo completo, e completamente vivo.


Ora a narrativa é sob o ponto de vista de Eleanor, ora sob o de Park (mas não em primeira pessoa, em terceira mesmo). Gosto desta estratégia, porque vemos os mesmos acontecimentos de diferentes ângulos. Na trama, que se passa em 1986, temos várias referências à músicas e bandas que estavam no auge naquela época, como Joy Division, The Smiths e Sexy Pistols. É por meio das HQs que s dois começam a se aproximar, e meu coração nerd fervilhou de felicidade ao ler um livro em que o romance dos protagonistas começa quando ele empresta a ela uma edição de Watchmen. <3

”Eu não posso me ajudar. Eu não sou mais minha, eu sou sua, e se você decidir que não me quer? Como você poderia me querer como eu te quero?”

A narrativa é ágil e é dificil largar o livro antes de terminar de ler. A trama é curtinha e poderia ter uma continuação (por favor, Rainbow Rowell, eu ia ADORAR ler um segundo livro!). Definitivamente, preciso ler mais obras da autora.

Pra terminar, fiz uma playlist com algumas das músicas citadas no livro:

Havia algo nas canções daquela fita. Eram diferentes. Causavam um aperto no peito e na barriga. Havia algo de excitante, e algo de angustiante. Faziam Eleanor se sentir como se tudo, como se o mundo, não fosse o que ela pensava ser. E era uma coisa boa. Era a melhor coisa de todas. 

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