Dos 200 anos de Orgulho e Preconceito
“It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune must be in want of a wife”
Hoje faz 200 anos que estas linhas foram publicadas. É o bicentenário de uma das obras mais importantes da literatura inglesa, de um romance que atravessou continentes, culturas e barreiras linguísticas. Sim, estou falando de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Difícil falar sobre essa obra sem derramar elogios sem fim.
É a história de uma mulher que teve coragem de ser fiel a si mesma, a despeito de estar vivendo numa sociedade paternalista e machista, na qual as filhas saiam da casa dos pais para a do marido, e pouco mais eram do que adornos fúteis e vazios. Elizabeth Bennet, Lizzie para os íntimos, não era como as outras. Não pensou duas vezes em rejeitar não só um, mas dois pedidos de casamento, mesmo tendo este último vindo de um cavalheiro cuja classe social era muito mais alta que a sua.
É uma história em que os protagonistas não são perfeitos. Onde o “mocinho” da história não salva a ‘mocinha” ao enfrentar um dragão, mas salva a si mesmo de uma vida enfadonha e sem amor enfrentando os seus próprios preconceitos. Talvez seja por isso, que o Sr. Darcy é um personagem tão amado. Porque erra, admite o erro, luta contra valores errôneos e preconceituosos inculcados em si mesmo por um longa vida numa sociedade elitista, e continua tentando ser amado.
É uma história que encanta, envolve e emociona. Que te transporta para a sociedade rural inglesa do século XIX com bastante precisão e ironias, guiado pela pena talentosa de quem viveu aqueles dias. São críticas afiadas e bem dirigidas, frutos de uma mulher à frente de seu tempo.
O nome do livro é bem preciso. Ele erra ao julgar Lizzie e sua família inferiores. Ela, ao julgá-lo sem conhecer todos os fatos. Ambos precisam superar seu orgulho e seus preconceitos para juntos encontrarem a felicidade. E essa jornada, com todos os seus percalços e desafios, vale muito a pena ser lida.
Que venham mais cem, duzentos, trezentos anos de criação dessa história linda. Que Lizzie continue incentivando as mulheres a serem mais independentes. E que o Sr. Darcy continue arrancando suspiros e sorrisos apaixonados por aí.
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