O Diário de Suzana para Nicolas
Comecei a ler sem pretensões, sem
noção do que me esperava, do que estava por vir. Vi o livro pela primeira vez
num blog qualquer, procurando alguma outra coisa, que agora não me parece
importante. O nome do blog e do que eu procurava sumiram da mente. A pequena –
e pouco esclarecedora – resenha do livro não.
Não tinha muitas informações,
quem leu não me entregou nada. Uma jovem, Katie, estava tendo um relacionamento
lindo com um cara que, do nada, acabou com ela e deixou-lhe um diário. Mais
especificamente, o diário de Suzana para Nicolas. E eis que Katie, já confusa,
fica mais ainda sem saber direito quem eram aquelas pessoas e o que o seu amado
queria ao entregar o diário a ela. Isso era tudo o que eu sabia da obra. E me
fisgou.
Comprei sem arrependimento e
esperei ansiosa que chegasse. Estranhamente, não li assim que foi entregue,
embora tenha tirado fotos do livro recém-chegado para o instagram. Chato pensar
que às vezes prezo mais o virtual que o real. E que me dediquei a tirar uma foto,
mas não a ler aquela obra que, de alguma maneira, fizera ressoar sininhos de
reconhecimento em algum lugar do meu peito. Foi algo parecido com a minha
relação com Orgulho e Preconceito, embora essa seja uma outra história, longa,
louca e quase inacreditável.
A história foi lida no decorrer
de poucas horas. Não consegui parar após ler as primeiras folhas. A trama é
narrada de maneira simples e coesa, poética em sua simplicidade, gostosa de
acompanhar e de torcer. Me apaixonei pelos personagens. Conheci pessoas de
papel que tenho certeza de que, se existissem, adoraria ser amiga delas. A energia
de Suzana pula das páginas. É intenso, contagiante, viciante. Avassalador.
Terminei de ler com lágrimas nos
olhos, chorando desesperadamente, aquele choro de encharcar o lençol. O autor
tem a rara capacidade de fazer algo que parece real, quase tangível. Sofri
pelos personagens como sofreria por um conhecido. Talvez eu seja uma tola
chorona, quem sabe?
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