Maratona Audrey: A Princesa e o Plebeu
Eu adoro Audrey Hepburn, mas recentemente percebi que não vi tantos filmes dela quanto gostaria. Então, decidi que uma das minhas ambições para 2014 é ver todos os filmes nos quais ela atua. Comecei com A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday, 1953).
O resumo na Netflix sobre o filme afirma que "uma mimada princesa europeia viaja sem autorização a Roma e é protegida por um jornalista de tabloide e por seu companheiro fotógrafo". Não está lá muito correto. A princesa Ann não é mimada. É jovem e ingênua, mas não mimada. Quer apenas saber como é a vida fora das grades douradas de seu gaiola. E ela não viaja sem autorização a Roma. Ela já está em Roma. E mais que protegida, ela é, na verdade, enganada por um charmoso jornalista e seu amigo fotógrafo.
O filme é todo em preto e branco, achei que fosse estranhar a ausência de cores, mas assistir foi bem tranquilo. Audrey (absurdamente linda, aff, que mulher era essa?) interpreta a princesa Ann, a qual está cansada de ter a vida regida por uma rotina rígida, cheia de protocolo, deveres reais e nenhuma diversão. Numa noite, a frustração com a vida que leva chega ao auge, e a princesa acaba por fugir das grades de seu palácio. Meio trôpega com a medicação para dormir que lhe deram, conhece o jornalista Joe Bradley (Gregory Peck), que sem perceber que ela é a princesa, a ajuda e leva pra casa. Não demora muito para que Bradley descubra a verdadeira identidade de Ann, e enquanto se oferece para circular com ela por Roma por um dia, ajudando-a a fazer tudo que sempre teve vontade e não pôde, planeja ganhar no mínimo 5.000 dólares com uma entrevista exclusiva da princesa fujona.
Mas não demora para que o coração ambicioso do repórter comece a pulsar por algo mais que vil ouro. E então, ao invés de explorá-la, Bradley começa a proteger a doce princesa. Daí o filme tomar forma. A atuação de Audrey é ótima (não é a toa que esse filme lançou-a para o sucesso), e Gregory Peck também está incrível. É um filme ótimo, não daqueles que muda vidas, mas romântico, divertido e doce de assistir.
ps: é estranho, mas a frase "Então acho que vou ter que me mudar para um lugar com cozinha" nesse filme além de soar romântica, me arrancou um suspiro rsrsrs.
"Mesmo morto e enterrado, ao ouvir sua voz, debaixo da terra, meu coração de pó ainda se alegraria".
COMENTÁRIOS