Penny Dreadful: Terror, ocultismo e sensualidade
Não acredito que não tinha escrito sobre Penny Dreadful por aqui ainda. É um dos meus seriados favoritos e eu esperava toda semana pelo próximo episódio, ansiosíssima, toda paranoica para não ver spoiler sem querer. Criado por Josh Logan, o seriado é tipo uma Liga Extraordinária (que amo!) das trevas: sob o comando de Sir. Malcolm Murray e da misteriosa Vanessa Ives, personagens clássicos como o charmoso Dorian Gray, o sombrio Dr. Victor Frankenstein e sua criatura, e o nosso velho conhecido de guerra, Van Helsing, entram numa odisseia para resgatar a filha de Murray, Mina, que foi raptada por um vampiro (simmmmmmm, captaram a referência? Se não, porfa!, leia Drácula, de Bram Stoker). Junta-se ao grupo o americano super habilidoso com pistolas Ethan Chandler.
O seriado se passa numa sombria Inglaterra vitoriana, na qual prostitutas precisam se cuidar, para não serem pegas por Jack, o Estripador (mas não tardamos a descobrir que esse não é o único perigo que ronda as sujas ruas inglesas). Embora a busca por Mina seja a trama principal, o seriado traz outras subtramas (como a que atormenta o pobre Frankenstein) e aos poucos ficamos conhecendo melhor os outros personagens, seus interesses e segredos (algo que aprendemos rapidamente na série é que todos tem algo a esconder).
A trama é muito bem escrita e viciante: quando menos se dá conta, você já assistiu todos os 8 episódios da primeira temporada e está ansioso pela segunda (cuja previsão de estreia é 2015 #todoschora). A caracterização e fotografia são muito boas, e os monstros são realmente aterrorizantes.
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nada de vampirinhos brilhantes |
Além disso, a série é repleta de bons atores (com exceção de Billie Piper, que na trama interpreta Brona Croft, uma prostituta com tuberculose - a mais fraquinha do elenco). Harry Treadaway (Frankstein) é uma grata surpresa, assim como Reeve Carney e seu libidinoso Dorian Gray. Josh Hartnett está ótimo como o pistoleiro Ethan Chander e Timothy Dalton (Sir. Malcolm), competente como sempre, mas o destaque mesmo vai para a Vanessa Ives de Eva Green.
Nunca tive tanta admiração por um ator, como por ela. Eva está simplesmente incrível, dando um show de interpretação. A cena da possessão, logo no primeiro episódio, foi uma das coisas mais incríveis que já vi. Vanessa é difícil, misteriosa, com uma complicada psicose sexual e atormentada por coisas que vemos apenas em pesadelos, e Eva faz um excelente trabalho com a personagem.
Pausa para momento fangirling: adoro o Josh Hartnett como Ethan Chandler. Sorry, mas não posso evitar. Ele está lindo (pena que tem mau gosto. Brona, Ethan? Sério?). Nem o que aconteceu no episódio 4 diminui minha paixão platônica. Pelo contrário, achei a cena incrível, um trabalho ótimo feito por ambos envolvidos na mesma, e uma jogada arriscada do Josh Logan - que, pra mim, funcionou perfeitamente e foi uma tapa na cara dos preconceituosos de plantão (se escrever mais, vou soltar um enorme spolier).
Enfim, um prato cheio pra quem gosta de terror e mistérios, ou, melhor dizendo, um prato cheio para quem gosta de bons seriados. Esse é, com certeza, um dos melhores.
Ps: o título do seriado se refere aos Penny Dreadfuls, publicações de ficção e terror que eram vendidas na Inglaterra do século 19. Por serem histórias que custavam um centavo, tinham como apelido "centavos do terror".
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