Chocada que eu li outro livro de Danielle Steel nessa vida. Eu estava seriamente convencida que não leria outro livro dela tão cedo, mas numa madrugada qualquer de agosto, tomada pela insônia e sem nenhuma vontade de me debruçar sobre os livros de concurso (sim, minha vida de concurseira continua), vi o livro num site pra download e pensei: "Why not?"
Eis a razão de eu estar escrevendo uma resenha da autora que amo odiar. Imagem no Espelho conta a estória de duas irmãs gêmeas idênticas, Olívia e Victoria. Estamos em 1913. Orfãs de mãe, cresceram mimadas, sob a tutela frouxa de seu pai, que a tudo lhes perdoa (ou quase tudo, como vemos quando a trama avança). Olívia é calma, obediente e gentil, o extremo oposto de sua irmã Victoria, que é rebelde, aventureira e apaixonada pelo feminismo e pela luta dos direitos das mulheres. Tanta rebeldia não podia resultar em outra coisa a não ser em escândalo. Victoria se envolve com um homem casado e arrasa sua reputação, levando a da sua família junto. Desesperado, porque sua filha Olívia vai pagar pelos erros da irmã, o pai das duas, Edward, toma uma decisão: Victoria vai casar-se com um dos seus advogados, Charles, que precisa de uma esposa para ajudar a cuidar de seu filho, uma vez que sua primeira mulher faleceu na tragédia do Titanic.
Victoria não quer se casar de jeito nenhum com Charles, a quem considera um tremendo chato, além de não ter nenhuma aptidão para ser mãe. A ironia é que Olívia se apaixonou por Charles desde a primeira vez que o viu, e adora o filho dele, Geoff. Sem alternativas, Victoria se casa com Charles (partindo, sem saber, o coração de sua irmã) e vai com ele para passar a lua de mel na Europa. Quando os dois estão lá, estoura a Primeira Guerra Mundial, que serve de background para uma grande parte desse livro. Pra quem gosta de História, como eu, é uma delícia ver os acontecimentos a partir do ponto de vista dos personagens.
Uma filha solteira decide ir à França, ajudar com os feridos. A outra, fica em casa, com o marido e enteado. Adivinhou quem fez o quê? Sim! Essa é a grande sacada do livro. Inconformada com o casamento, Victoria convence a irmã a tomar o lugar dela na sua casa e em seu casamento, e parte, feliz, para a França, decidida a ser útil lá. Enquanto isso, Olívia finge ser a irmã, se apaixonando cada vez mais pelo cunhado.
A trama então é contada ora sob o ponto de vista de uma irmã, ora sob o ponto de vista da outra, até que as duas se encontram, no final. A estória foi muito bem escrita e é bastante envolvente. Confesso que li o fim antes de começar a leitura (traumatizada com essa autora), mas ainda assim, mesmo sabendo o que ia acontecer, quando cheguei numa determinada parte, chorei.
Ainda estou surpresa que tenha gostado tanto de um livro dessa autora, e acho que se for ler um livro dela no futuro, será com menos receio (mas ainda vou ler o final antes, porque o trauma ainda tá grande).
Gostei da sua resenha!
ResponderExcluirJá li vários livros dela,mas acabei dando um tempo porque alguns foram bem triste.
Sua resenha me encorajou a ler esse.
Espero que o final desse seja feliz rsrs