O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

Depois que descobri o Netflix, umas duas semanas atrás, comecei a ver mais filmes que normalmente (saí de zero para alguns). Revi Orgulho e Preconceito , Emma e Jogos Vorazes; descobri uma comédia romântica divertida chamada Sem Prada nem Nada, e finalmente assisti O Homem de Ferro 2 (aleluia!).  Não sei escrever sobre filmes como o faço com livros. Não posso dizer muito sobre a direção ou sobre a fotografia, e tenho certeza que passaria por uma total idiota se fizesse algum comentário nesse sentido. Mas posso falar sobre o que achei do roteiro e de como a história contada me atingiu ou não. E dentre a pequena seleção de filmes que vi, teve um que não pude deixar de destinar um post: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.
Tinha visto esse filme há uns seis anos atrás, quando estava no segundo ano do ensino médio e ainda fazia aulas de francês. Esse filme com um sotaque charmoso e uma protagonista com aparência mais charmosa ainda me atraiu de tal maneira que, anos depois, as recordações que tinha eram envoltas por uma nuvem cor de rosa de encanto e carinho.
Audrey Tautou interpreta Amélie Poulain, uma jovem que teve uma infância solitária, mas cresceu com um jeitinho todo especial de ver o mundo. A maneira como age e como vê as coisas são encantadoras, vendo no trivial uma miríade de possibilidades multicoloridas, fazendo do cinza uma junção deliciosa de centenas de tonalidades.
Amélie gosta de ajudar os outros, se utilizando de métodos pouco ortodoxos – como as viagens do anão de jardim e os vídeos para o homem de vidro-, mas pouco faz a respeito de si mesma. Até que conhece um rapaz, com o estranho hábito de colecionar fotografias de estranhos, descartadas e rasgadas, deixadas para trás rejeitadas no lixo das máquinas de fotos três por quatro. Mas ao invés de simplesmente se apresentar pra ele e devolver o álbum que ele perdeu, Amélie começa uma odisseia e o envolve em enigmas e charadas deliciosas, o que é encantador, mas mascara uma profundia covardia da parte dela.
O filme é lindo e me faz rir várias vezes. Gosto muito das maneiras que Amélie encontra para ajudar os outros, e de como se desenvolve o relacionamento dela e de Nino. Amo a cena em que ela corre após assistir ao vídeo, e quando abre a porta, dá de cara com ele. A sequência de beijos é uma das minhas favoritas, pela ausência de palavras e pela delicadeza que transmite.
Enfim, o filme é lindo, as atuações, tanto da Audrey Tautou (adoro o sorriso de menina levada da Amélie!), quanto do Mathieu Kassovitz ( cujo sorriso me faz dar vários suspiros) são incríveis, e toda a trama é contada de forma encantadora, suave e divertida. Recomendo. 

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