Procura-se um marido
Não, não entrei em desespero. Não estou procurando um marido nem peguei um livro de auto-ajuda que me auxiliasse nesse sentido. Piadinhas à parte, a despeito do título um tanto quanto infeliz, o livro da autora brasileira Carina Rissi é uma delícia de leitura.
Vi esse livro na livraria, lembrei que conhecia a autora e achei o resumo interessante. Passaram-se algumas semanas. Li e fiz resenha de Perdida, da mesma autora, para a 21 e fiquei com vontade de ler "Procura-se um marido". Baixei as 40 primeiras páginas para ler e fui seduzida pela leitura. Queria porque queria saber o que acontecei em seguida. Fui, então, para a livraria do shopping, onde paguei quarenta pilas sem nem piscar. Aliás, porque livro com autor brasileiro é tão caro? Paguei cerca de cinquenta reais em "A Batalha do Apocalipse", do Eduardo Spohr, com o coração sangrando.
Anyway, "Procura-se..." foi a minha primeira leitura de fevereiro. Tava devendo um post aqui há tempos. Traz como protagonista Alicia, que é uma
herdeira-garota-problema. Já foi presa algumas vezes em vários países
diferentes, não tem a menor noção do que significa responsabilidade, adora uma
balada e é muito apegada ao avô, sua única família. Narciso Morais de Bragança
e Lima, o vó Narciso, é dono de uma fortuna incalculável, e quando falece, não
deixa nada para sua única herdeira.
Ou melhor, por não considera-la madura o suficiente para
cuidar do império, ele deixa pra ela um cargo vitalício numa das empresas e um
tutor, que cuidaria de seu dinheiro até que ela se casasse. É claro que Alicia
não gostou nem um pouquinho da notícia. Ficar pobre e ainda por cima ter que
trabalhar como assistente de secretária? Nem pensar. A jovem tem então uma
ideia maluca: coloca um anúncio nos classificados para conseguir um marido de aluguel.
E é aí que as confusões realmente têm início.
A Alicia é uma
personagem adorável e muito bem construída; é impossível não se solidarizar e
se afeiçoar a ela. Gostei muito do Max. Ele é diferente de Ian, de Perdida, mas tão apaixonante quanto. O que achei mais fofo é o quanto ele é ciumento. Dá gosto de acompanhar as peripécias do romance do casal.
Achei legal o toque Menina de Vinte (Sophie Kinsella)
incorporado na obra - quem já leu, deve ter uma ideia do que estou falando. Não foi lá deveras original, mas tornou a trama mais
interessante. Aliás, a trama não é muito original ou surpreendente, tendo alguns clichês e com o fim bem previsível; mas se a Carina peca na hora de surpreender o leitor, ganha em envolvê-lo na trama. Sua maneira de escrever encanta e prende quem lê, tornando mesmo algo previsível num bom livro.
A leitura é rápida e divertida,
recheada de boas risadas e frases interessantes. Li um livro numa tacada só. Chick-lit recomendado. Tô ansiosa pra ler a continuação de Perdida e os demais livros que a autora está escrevendo, entre os quais o de uma jornalista recém-formada que vai trabalhar escrevendo horóscopo pra uma revista.
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