Overthinking


Nas últimas semanas, as coisas tem estado um tanto quanto... confusas. A cada fim de contrato e perspectiva de desemprego, começo praticamente a entrar em crise existencial. Penso inclusive em voltar pra universidade e fazer outro curso, me vejo vítima da síndrome do impostor (que vem mesmo sem o sucesso que deveria acompanhá-la), me pergunto o que diabos estou fazendo com a minha vida, começo a sentir ares da velhice a embranquecer meus cabelos e a me sentir melancólica com o que já passou - e não aproveitei. Enfim, um desastre. 


O desânimo, ah, o desânimo. Esse vira companheiro pra todas as horas. A musa abandonou-me há muito e as longas horas escrevendo viraram memória. A disposição não dá o ar da graça há décadas, e a criatividade manda-me cartões postais do canto longínquo do cérebro onde está escondida. Os dias apenas passam, folhinhas arrancadas sem vontade do calendário, horas e mais horas repletas de rotina, falta de ânimo e tédio. 


Não sou uma pessoa que lida bem com indefinições. Adoraria ter um roteiro pré-determinado, dizendo-me onde ir, o que fazer, o que falar. Seria uma das mais aplicadas atrizes, sem improvisar, lendo linha por linha com a entonação e boa vontade necessárias. Não precisava ser um filme ganhador de um Oscar. Uma comédia romântica, daquelas água com açúcar e final feliz previsível, já estava bom. Infelizmente, parece que ainda não saí da parte do roteiro onde a mocinha se dá mal de todas as formas, enquanto não sabe o que fazer com a própria vida. 

Só resta esperar que a reviravolta esteja a caminho. 

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